quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Aprender com Tecnologias - Literacia Digital


"O grande desafio que a Escola de hoje enfrenta é a de ensinar os alunos a dominar as diferentes literacias de modo a aprender a viver num mundo rico em informação e onde as tecnologias superabundam.” (Proença, 2012).

Ao longo desta Unidade Curricular foram vários os momentos de reflexão sobre a função central da escola que hoje se preconiza - o aluno como construtor do seu próprio conhecimento, autónomo, interventivo, responsável e que revele espírito crítico. A escola deve proporcionar o desenvolvimento de competências essenciais que permitam ao aluno saber pesquisar, pensar criticamente, tirar conclusões, aplicar conhecimento a novas situações, construir e adquirir conhecimento novo, assim como partilhá-lo. A escola deve igualmente fomentar uma aprendizagem contínua ao longo da vida. As metas de aprendizagem das TIC, surgem dessa necessidade de “…identificação do conjunto de competências que a sociedade espera que os jovens adquiram hoje na escola.” (Costa et al, 2010, pág, 932). As Tecnologias da Informação e Comunicação terão de ser uma presença incontestável na escola para que os alunos desenvolverem competências digitais e transversais para aprender ao longo da vida. Estas desempenham “um elevado potencial para a promoção do desenvolvimento global dos indivíduos, da sociedade e, bem assim, da missão nuclear da própria escola.” (Costa et al, 2010, pág. 933). Urge a necessidade da escola, professores e biblioteca mudarem as suas práticas pedagógicas e educativas no sentido de acompanharem a evolução da Sociedade da Informação e as mudanças significativas na nossa forma de viver e interagir com os outros.  

A forma mais eficaz das metas de aprendizagem das TIC potenciarem o desenvolvimento global dos indivíduos não será através da implementação de uma disciplina que pode encaminhar a aprendizagem das TIC numa perspetiva meramente técnica e estanque, mas sim, entendidas numa “perspetiva transversal, ou seja, visando a articulação que fosse possível estabelecer, desde logo, com as diferentes áreas disciplinares, tanto do ponto de vista horizontal, como em termos de sequência e progressão ao longo dos 12 anos de escolaridade.” Costa et al, 2010, pág.933).
As metas de aprendizagem TIC, como referencial, permitem que os professores nas suas áreas específicas considerem um conjunto de competências, “numa ótica de desenvolvimento global do aluno, permitindo-lhe compreender e decidir, de forma fundamentada, em que matérias, para que fins e como será pertinente e adequado mobilizar as TIC. (Costa et al, 2010, pág. 934).
As áreas de competências das Metas de Aprendizagem das TIC, nomeadamente: Informação, na capacidade de procurar e de tratar a informação de acordo com objetivos concretos: investigação, seleção, análise e síntese dos dados; Comunicação, na capacidade de comunicar, interagir e colaborar usando ferramentas e ambientes de comunicação em rede como estratégia de aprendizagem individual e como contributo para a aprendizagem dos outros; Produção, na capacidade de sistematizar conhecimento com base em processos de trabalho com recurso aos meios digitais disponíveis e de desenvolver produtos e práticas inovadores e Segurança, na capacidade para usar recursos digitais no respeito por normas de segurança, constituem a base para o desenvolvimento das literacias definidas no referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, nomeadamente a literacia da leitura, com o desenvolvimento do gosto e de competências de leitura /escrita (através de textos impressos e digitais) e comunicação (oral, escrita e multimédia); a literacia dos média, no desenvolvimento de competências propiciadoras de novas formas de aprender, interagir e comunicar através dos média e a literacia da informação, no uso crítico e informado de recursos e ferramentas de aquisição integrada de conhecimentos associados ao uso correto e eficaz das ferramentas de informação e comunicação, independentemente do suporte da informação. A literacia digital é a capacidade de operar com as tecnologias digitais, demonstrando compreensão dos conceitos envolvidos e das suas potencialidades para a aprendizagem. Como é referido no referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”: “A literacia digital é abordada numa perspetiva transversal, em que a presença das tecnologias se encontram em todos os contextos da aprendizagem”. (Quadro 1).
Em ambos os documentos, metas de aprendizagem das TIC e o referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, apresentam-se uma série de estratégias de operacionalização por anos de escolaridade que, com as devidas adaptações à realidade de cada escola e ao currículo, poderão ser uma boa orientação para a consecução das metas a atingir. A biblioteca é o centro nevrálgico para o desenvolvimento das literacias, presentes em todos os ambientes de aprendizagem. Como refere Felizardo, as metas de aprendizagem TIC, enquanto referencial, constitui um “suporte precioso para ajudar os Professores Bibliotecários na implementação de modelos de pesquisa, pois não se pode promover a literacia informacional sem o suporte da literacia digital”. É nesta perspetiva, que a Biblioteca de uma forma articulada e colaborativa com os professores, poderá desenvolver projetos de integração transversal das TIC, potenciando e rentabilizando as competências de utilização das TIC em situações de aprendizagem mais dinâmicas, significativas e colaborativas.
 Quadro1

 

 
Referências bibliográficas:
Costa et al (2010). Metas de Aprendizagem na área das TIC: Aprender Com Tecnologias. I Encontro Internacional TIC e Educação. Inovação Curricular com TIC. Lisboa. Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. (931-936).
Costa, Fernando et al. (2010). Metas de Aprendizagem na área das TIC. in DGIDC-ME (2010). Metas de Aprendizagem. Lisboa: DGIDC/ME.
Felizardo, Helena. As metas de aprendizagem na área das tic no contexto do desenvolvimento das literacias e das competências transversais. in Pós-graduação em Gestão de Bibliotecas A Biblioteca Escolar e as Novas Tecnologias. Leiria: ISLA.
PORTUGAL. Ministério da Educação e Ciência. Gabinete da Rede Bibliotecas Escolares: Aprender com a biblioteca escolar . Lisboa: RBE (2012).
Proença, J. (2012). Biblioteca Escolar e Web 2.0 – Questões em torno de algumas práticas em implementação e perceção do impacto no trabalho da Biblioteca, Lisboa. Disponível em http://repositorioaberto.univ-ab.pt/handle/10400.2/2149 [acedido em 23 de novembro de 2014].
 
 

 

domingo, 30 de novembro de 2014

segunda-feira, 3 de novembro de 2014


    O Glogster EDU é uma plataforma de Web 2.0 que permite aos utilizadores criar cartazes virtuais interativos e carregar neles vídeos, música, sons, imagens, texto, anexos de dados, efeitos especiais, animações e links. É um sistema educativo destinado ao ensino de cooperação interativa e é adequado para professores e alunos. Criam-se Glogs sob várias categorias com vários temas, por exemplo, matemática, ciência, meio ambiente, história, tecnologias, arte, fotografia ou música.
    O Glogster EDU permite aos alunos expressar-se e, ao mesmo tempo, desenvolve a sua criatividade. A plataforma é segura porque o professor tem  acesso a ela e pode monitorizar completamente todas as atividades dos seus alunos e determinar quais os Glogs que se podem tornar públicos. Possuí uma Glogpedia que permite visualizar todos os glogs publicados e que são públicos.

domingo, 2 de novembro de 2014



Tópicos para a realização de um trabalho escrito from Adriana Sousa

Partilho a minha apresentação realizada em Slideshare. No âmbito da formação de utilizadores da biblioteca, são disponibilizados alguns guiões de apoio. Este em particular, trata-se de um guião de apoio à realização de trabalhos escritos. É disponibilizados no blogue da biblioteca e é apresentado em sessões com os alunos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014



A BE e a WEB 2.0

Os traços mais marcantes da Web 2.0 são o facto de o utilizador, para além de consumidor, poder passar também a produzir conteúdos e a ser participativo, tornando-se também protagonista.

O’REILLY (2005) define o termo web 2.0 como uma plataforma, um serviço continuamente renovado e atualizado, que fica melhor quanto mais pessoas o utilizam, consumam e fazem remix dos dados de variadas fontes. E que incluam também suas próprias informações, a fim de que sejam compartilhados com os outros usuários, criando uma “arquitetura de participação”. Deste modo, a disponibilização das redes informáticas nas escolas, com a sua “arquitetura da participação”, fomenta a partilha e divulgação do conhecimento, contribuindo para que todos possam aprender uns com os outros a partir do que cada um já vai sabendo, de acordo com as experiências de aprendizagem e com o grau de autonomia que foi adquirindo.

Salienta-se o conceito da Biblioteca 2.0, definido por MANESS (2007), em quatro aspetos: uma comunidade virtual; socialmente rica, em que os utilizadores interagem entre si e com o bibliotecário na criação do conteúdo; o papel principal é centrado no utilizador, este é chamado a participar na construção de conteúdos que todos irão utilizar, e por fim, a Biblioteca 2.0 como sendo comunitariamente inovadora. Partindo do conceito da biblioteca como um serviço comunitário, em que as comunidades mudam e a biblioteca, além de mudar com elas, deve permitir que os seus utilizadores a mudem e que os serviços se mantenham em constante evolução.

A Biblioteca 2.0 necessita de uma infraestrutura tecnológica e de recursos humanos qualificados, de modo a prestar serviços que atualmente se tornaram essenciais. Ou seja, por um lado, um espaço rico em tecnologias onde os alunos possam produzir conteúdos em diversos suportes, aceder e construir os seus ambientes pessoais de aprendizagem, trabalhando em rede. Por outro lado, a existência de recursos humanos qualificados com competências em diversas áreas, nomeadamente nas digitais, motivados e dispostos a atender e a esclarecer a nova geração de utilizadores.

É preciso disponibilidade por parte do Professor Bibliotecário para se atualizar, fazer formação, conhecer as várias ferramentas e produtos disponíveis. Ter uma atitude dinâmica, vontade de inovar, de investigar, capaz de comunicar e interagir com o utilizador permitindo e fomentando a sua participação.

No contexto da biblioteca do meu agrupamento, existe a preocupação de integrar as ferramentas da web 2.0. O blogue tem sido uma ferramenta bastante útil para a divulgação de atividades e informações da biblioteca. Podemos encontrar guias de apoio ao utilizador, realizadas com o Calaméo e o Prezi, e a biblioteca digital. A biblioteca possuí contas no Facebook, Youtube e no Diigo para partilha de informação, vídeos e links úteis para pesquisa.

“A biblioteca deve recorrer às tecnologias, em especial da Internet, para extrapolar as barreiras de espaço e tempo e ampliar o acesso à informação, como caminho para a produção de conhecimento e ampliação de suas oportunidades” (FURTADO, 2009,p. 138)

Referências bibliográficas
Furtado, Cassia Cordeiro (2009). Bibliotecas Escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Em Questão, v.15, n.ᵒ 2, Porto Alegre, pp. 135-150.
Maness, Jack M. (2007). Teoria da biblioteca 2.0: as suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v.17, n.1, p.43-51.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Exposição - Portugal na 1ª Guerra Mundial



Vídeo de divulgação da exposição - Participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial, patente na Biblioteca Escolar da Escola Básica 2,3 de Alpendorada. Decorre até dia 10 de outubro de 2014. É uma exposição essencialmente fotográfica e cada foto encontra-se legendada. Durante a exposição, somos presenteados com alguns esclarecimentos do Professor Bibliotecário. No final  é fornecido um folheto para exploração da exposição.  Uma exposição a não perder!